(Às vezes discreto, em outras impactante)
By Tomás Allen
Referir-se a este filme (Babygirl) é fazê-lo sobre sexualidade. Ou, se se prefere, sobre sexo. Porque toda a trama está vinculada a este assunto. Trata-se de Romy (Nicole Kidman) uma mulher de idade média, executiva de alto nível, bem sucedida em uma empresa comercial. Casada com Jacob (Antonio Banderas), com filhas, aparenta não ter grandes conflitos emocionais. Porém, a chegada de Samuel (Harris Dickinson), um homem jovem que o faz em caráter de estagiário, romperá todos os esquemas mantidos até esse momento. A atração que ele exercerá será arrasadora, não deixando margem para cuidados prudentes para a posição dela já que como superior, se supõe, não poderia ter vínculos íntimos com os aprendizes.
Sinopse oficial:
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Sobre a relação, indubitavelmente tem características perversas, onde a manipulação aceita leva a uma sujeição difícil de explicar e entender. Lembremos o conceito que os clássicos gregos tinham dos seres humanos, que eram comparados a navios levados pelas águas, arrastando-os para cima e para baixo, sem muita explicação ou controle racional. Só uma ética bem estruturada poderia salvá-los de tais vicissitudes. Aqui, a paixão prevalece.
E essa paixão, quase obviamente, vai trazer todo tipo de consequências. Mas, também, vão aparecer os motivos mais profundos que - talvez parcialmente - levaram a mulher a ter esse vínculo, aceitando práticas de submissão absoluta. Halina Reijn - diretora e roteirista de ‘Instinto’, título que já comentamos no parsageeks.com.br (na edição de 17/01/2020) - parece ter como tema central o fato de mulheres com suposta inteligência e desenvolvimento profissional sucumbirem diante de alguns indivíduos que estão em posição inferior, porém lhes resultam extremamente atrativos. No caso de ‘Instinto’, a protagonista é uma profissional de psicologia que se envolve com um interno que é um perigoso psicopata. Em Babygirl a diretora se vincula a um sedutor, destrutivo serial.
E essa paixão, quase obviamente, vai trazer todo tipo de consequências. Mas, também, vão aparecer os motivos mais profundos que - talvez parcialmente - levaram a mulher a ter esse vínculo, aceitando práticas de submissão absoluta. Halina Reijn - diretora e roteirista de ‘Instinto’, título que já comentamos no parsageeks.com.br (na edição de 17/01/2020) - parece ter como tema central o fato de mulheres com suposta inteligência e desenvolvimento profissional sucumbirem diante de alguns indivíduos que estão em posição inferior, porém lhes resultam extremamente atrativos. No caso de ‘Instinto’, a protagonista é uma profissional de psicologia que se envolve com um interno que é um perigoso psicopata. Em Babygirl a diretora se vincula a um sedutor, destrutivo serial.
No que se refere narrativamente a Babygirl, a primeira parte do filme pode resultar bastante insípida. Talvez em modo deliberado, para contrabalançar com a segunda, pleno de situações onde o sexual prevalece em forma intensa. Assim, o trabalho para a atriz Nicole Kidman é muito exigente, pelo tipo de estado de espírito representado, e pela proximidade da câmera, com tomadas de primeiríssimos primeiros planos em cenas de alto conteúdo sexual. É bem provável que entre na disputa pelo ‘Oscar’ nessa categoria. Fotografia boa e muito cuidada (Jasper Wolf, também responsável em ‘Instinto’) e muita música vigorosa (Cristobal Tapia de Veer) reforçam a trama.
As últimas sequências evidenciam certa hipocrisia dos personagens em seus discursos sobre os valores da empresa comercial e o comportamento dos funcionários que a integram, ainda sendo de diversos níveis dentro dela. E, também, a última cena virá a caracterizar tudo aquilo em forma mais categórica. Babygirl por vezes é discreto e por outras bastante impactante, sobretudo visualmente. Possui muito material de índole psicológica, pois os personagens têm perfis complexos e as relações o são ainda mais.
As últimas sequências evidenciam certa hipocrisia dos personagens em seus discursos sobre os valores da empresa comercial e o comportamento dos funcionários que a integram, ainda sendo de diversos níveis dentro dela. E, também, a última cena virá a caracterizar tudo aquilo em forma mais categórica. Babygirl por vezes é discreto e por outras bastante impactante, sobretudo visualmente. Possui muito material de índole psicológica, pois os personagens têm perfis complexos e as relações o são ainda mais.
Na trama, acompanhamos Romy (Nicole Kidman), uma CEO bem sucedida que coloca em risco sua vida pessoal e profissional quando se envolve em um jogo de gato e rato com Samuel (Harris Dickinson), o novo estagiário da empresa em que ela trabalha. Direção: Halina Reijn. Estreia nos cinemas brasileiros, 09 de janeiro de 2025 pela Diamond Filmes do Brasil.
Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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