sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Crítica Cinema | De Pai Para Filho

(Aprendendo com os erros)


De Pai para Filho é um filme nacional escrito e dirigido por Paulo Halm, conhecido por ser roteirista dos filmes nacionais Casa da Mãe Joana (2008) e Amores Possíveis (2001) e por ser diretor das famosas telenovelas brasileiras Totalmente Demais (2016) e Bom Sucesso (2019). O filme conta em seu elenco com Marco Ricca, Juan Paiva, Miá Mello, Valentina Santos, e Thiago Fragoso, uma equipe de atores bastante competentes que entregaram carisma aos seus personagens, cada um ao seu modo. .

Protagonizado, produzido e dirigido por O dramático longa metragem conta a história de José (Juan Paiva). Após a morte do pai (Marco Ricca), alguém que não via há quase 20 anos, José vai morar no apartamento dele, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Solitário, ele passa a receber a visita do fantasma do falecido que busca uma espécie de reconciliação. Só que o jovem guarda muito ressentimento da relação deles. No mesmo prédio, a pequena Kat tenta confortar sua mãe, Dina (Miá Mello), uma mulher que luta contra um profundo e doloroso luto. Para a surpresa de José, a menina o ajudará no acerto de contas com o pai e ele, curiosamente, ajudará o filho a conquistar o coração da desajeitada viúva. 

Como dito anteriormente, os personagens são bem carismáticos, fator que, mesclado com um filme do gênero Drama, é uma ótima ponte para conquistar a empatia do público que acompanha as telonas do Cinema o drama dos personagens. 
Cabe destacar as personagens Dina (Miá Mello) e Kat (Valentina Vieira), elas performam uma ótima química entre mãe e filha, basicamente uma dando apoio para a outra por conta da tragédia que ocorreu na vida delas. 

Já a relação entre pai e filho que é mostrada, permeia sentimentos como revolta, saudade, solidão e frustração por conta da ausência paterna que José sofreu durante a vida. O carisma do personagem José se dá por conta das nuances na interpretação de Juan Paiva, pois o personagem demonstra em seu olhar tristeza, mágoa, carência, confusão e insegurança. Machado, o pai do protagonista é um ex-líder de uma famosa banda de rock chamada Capa Preta, ganha o público pelo jeito extrovertido e brincalhão que trata a vida e a pós vida. O que coloca em questão o motivo da ausência do pai na vida do filho, pois sua personalidade demonstra ser uma pessoa de boa índole.


A questão da índole do pai consegue mais aprofundamento pela relação que é mostrada na trama com a Kat, a filha da Dina, a vizinha viúva. Kat fazia aulas de piano com o pai de José, o que gera um certo conflito entre os personagens, pois temos José e Kat com opiniões divergentes sobre a índole do mesmo personagem, o que gera uma discussão e crítica sobre quem de fato era o personagem Machado. Um ser humano que foi por um lado ausente na vida do filho, mas por outro lado, foi um ótimo professor de piano para a filha da sua vizinha que queria realizar o sonho de tocar esse instrumento musical tão caro.

O que mostra ser uma crítica sobre aquele discurso de que devemos lembrar que as pessoas são humanas e estão fadadas a cometer erros e acertos. Muitas vezes não sabemos os motivos dos erros das pessoas, é difícil saber o que se passa no coração de alguém quando comete um erro, mas vale ressaltar que é necessário ter a consciência do erro, reconhecer que errou e tentar usar isso como aprendizado na vida e construir um novo caminho na vida, evitando cometer os erros do passado. Outra questão que é levantada no De Pai Para Filho é a forma como o personagem do pai é presente durante o filme, como um fantasma na consciência do filho em que apenas ele consegue ver e conversar com o pai. Essa presença paterna seria a própria imaginação do personagem pulsando em cima do seu desejo, sobre o tempo que não teve em vida com o pai? Seria essa uma forma da sua consciência suprir a falta paterna?  


Sinopse: 
Um inusitado reencontro entre pai e filho. Machado (Marco Ricca), pop star de uma banda de rock dos anos 80 agora fracassado e esquecido, decide se matar. Ao saber da morte do pai, José (Juan Paiva) chega atrasado ao enterro e não sabe o que fazer com os pertences do pai, uma vez que nunca tiveram uma boa relação ao longo dos anos. No apartamento que recebeu como herança, José pela primeira vez conhece o universo do pai até que o próprio Machado reaparece em busca de reconciliação. Direção: Paulo Halm. Estreia nos cinemas brasileiros, 08 de agosto pela ArtHouse e Filmes do Estação.

Imagens para divulgação fornecidas por assessorias ou retiradas da internet 
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