(Quando ser fiel a si mesmo vale mais do que a própria liberdade)
Café Teerã (Café, 2023), longa-metragem dramático iraniano, falado em persa, com 96 minutos de duração, apresenta-se como um estudo profundo sobre a resistência artística em face da opressão. O filme, dirigido e roteirizado por Navid Mihandoust, é uma obra que desafia o público a contemplar a arte como um ato de desafio político e pessoal. Através da jornada de Sohrab (Ramin Sayardashti), um cineasta iraniano sob investigação governamental, o longa explora as complexidades da expressão criativa em um regime que sufoca a liberdade individual.
Sinopse oficial:
A direção de fotografia se inspirou no trabalho de Krzysztof Kieślowski, tornando-a uma das muitas camadas que compõem a riqueza visual e temática do filme. A interação de Sohrab com uma jovem artista de teatro (Setareh Maleki), que busca usar o café como um espaço para performances experimentais, introduz uma dinâmica de mentor e aprendiz que é tanto sutil quanto significativa. O relacionamento conturbado entre o protagonista e seu pai (Masoud Karamati) também reflete momentos de empatia durante o progresso da história.
O roteiro se utiliza de diálogos inteligentes e observações agudas para abordar a vida de quem vive sob vigilância constante. A presença de fotos de diretores de cinema nas paredes do café serve como um lembrete silencioso da paixão de Sohrab pela arte, mesmo quando sua própria capacidade de criar é questionada. A performance dos atores é crível, com cada personagem contribuindo para além de suas cenas individuais. A esposa de Sohrab, Mahgol (Mahsa Mahjour), retrata a complexidade de alguém que ama profundamente, mas que também é consumida pela preocupação e pelo medo. Café Teerã é um excelente filme, um testemunho do poder da arte como forma de resistência e comunicação, pois, não apenas conta uma história, mas também convida à reflexão sobre a tomada de escolhas difíceis em momentos que moldam nossa existência. Fica aqui o adendo de que, para divulgação do longa em festivais nos quais é exibido, a presença da irmã do diretor, Neda Mihandoust, é constante, especialmente considerando a prisão injusta de Navid Mihandoust, por criar histórias que levam o público a pensar.
Um sonho paradoxal emerge das profundezas da filmografia de Krzysztof Kieslowski, despertando o condenado diretor iraniano Sohrab que, impedido de fazer filmes, passa os dias em um café local. Terceiro longa do diretor, que atualmente está preso em Teerã, condenado pelo governo local devido a um documentário seu proibido pela censura. Direção: Navid Mihandoust. Estreia nos cinemas brasileiros dentro do Festival Filmes Incríveis no Reag Belas Artes de 01 até 14 de agosto.
Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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