terça-feira, 23 de julho de 2024

Crítica Cinema | A Filha do Pescador

(Tratando assuntos complicados de forma leve)


A Filha do Pescador tem direção e roteiro de Edgar de Luque Jácome. O drama fala sobre a relação de um pai mergulhador, que levava uma vida simples e isolada, e sua filha trans, que volta para casa depois de 15 anos. No começo Samuel (Roamir Pineda) não quer aceitar a filha Priscila (Nathalia Rincon) como mulher. Para ele é inaceitável ela ser daquele jeito. Ela tinha que se vestir como um homem heterossexual enquanto morasse com ele.

Priscila sentia mágoa pelo pai pela forma como tratava a mãe, também não queria ficar, mas não tinha muita opção pois estava fugindo, não poderia voltar para a cidade tão cedo.

Apesar de bruto, aparentemente, ele tratava muito bem a filha antes de ela se assumir como mulher.

O relacionamento entre os dois começa difícil, mas depois de revezes, há a aproximação entre eles, o diretor vai mostrando, de uma forma sensível , que o amor entre pais e filhos é maior.


O filme toca em assuntos polêmicos como pessoas transgêneras, homossexualidade, preconceito e abuso, tudo isso num ambiente bem rústico, e também a relação conturbada entre pais e filhos.

A atuação dos atores é um ponto alto do filme. Tanto Roamir como Nathalia estão perfeitos. Ele, na sua brutalidade, acaba mostrando seu lado sensível, protetor, sem histrionice e melodrama. Nathalia mostra toda sua dor, sua força e resiliência. A Filha do Pescador é um filme despretencioso que consegue tratar de vários assuntos difíceis de forma leve e com sensibilidade.


Sinopse oficial: 
Samuel mora sozinho numa ilha isolada em algum lugar do Caribe colombiano. Exímio mergulhador, ele vive da quase extinta prática da pesca submarina em mergulho livre. Um dia, o filho Samuelito, que ele não via há 15 anos, bate à sua porta. Agora transexual, conhecida como Priscila e em fuga, ela é forçada a voltar ao lar para se esconder. Seus mundos não poderiam ser mais distantes. Samuel não consegue aceitar Priscila, e ela não consegue perdoá-lo por eventos do passado. Mas acontecimentos dramáticos acabam obrigando os dois a se reaproximar. Com eles, mergulhamos nas águas cristalinas do Mar do Caribe, mas também em uma bela história de relações familiares, diversidade, aceitação e amor. Direção: De Luque Jácome. Estreia nos cinemas brasileiros, 18 de julho pela Bretz Filmes.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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