(O tempo segue sua trajetória e a nós só cabe observar)
A Ordem do Tempo, dirigido pela veterana cineasta Liliana Cavani, é uma obra que desafia as convenções narrativas ao abordar a complexidade da física quântica e a iminência do apocalipse através de uma lente intimista e humanizada. O filme, inspirado no livro homônimo do físico Carlo Rovelli, explora a relação entre o tempo e a experiência humana, um tema que ressoa profundamente com a condição atual da diretora, que retorna ao cinema após um longo hiato.
Sinopse oficial:
A narrativa se desenrola em uma casa de praia, onde um grupo de amigos se reúne para celebrar um aniversário, apenas para descobrir que um meteoro ameaça a existência da Terra. Este cenário catastrófico serve como pano de fundo para uma série de diálogos introspectivos que revelam as angústias, esperanças e medos mais profundos dos personagens.
Cavani opta por uma abordagem clássica na direção, evitando o sensacionalismo e focando na substância emocional das interações entre os personagens. A decisão de manter a ameaça do meteoro restrita ao conhecimento dos personagens principais é uma escolha narrativa ousada que intensifica o drama e destaca a disparidade social, uma vez que os personagens são em sua maioria da elite intelectual e profissional. A empregada peruana e o magnata do mercado financeiro representam as exceções, cada um com seus próprios dilemas morais e existenciais, embora o tratamento dado a esses personagens secundários possa ser visto como uma oportunidade perdida para explorar uma gama mais ampla de perspectivas.
O filme brilha em sua capacidade de tecer considerações filosóficas sobre o tempo e a mortalidade em conversas que oscilam entre o erudito e o coloquial, permitindo que o público se envolva com os temas sem se sentir sobrecarregado pelo jargão científico.
Cavani opta por uma abordagem clássica na direção, evitando o sensacionalismo e focando na substância emocional das interações entre os personagens. A decisão de manter a ameaça do meteoro restrita ao conhecimento dos personagens principais é uma escolha narrativa ousada que intensifica o drama e destaca a disparidade social, uma vez que os personagens são em sua maioria da elite intelectual e profissional. A empregada peruana e o magnata do mercado financeiro representam as exceções, cada um com seus próprios dilemas morais e existenciais, embora o tratamento dado a esses personagens secundários possa ser visto como uma oportunidade perdida para explorar uma gama mais ampla de perspectivas.
O filme brilha em sua capacidade de tecer considerações filosóficas sobre o tempo e a mortalidade em conversas que oscilam entre o erudito e o coloquial, permitindo que o público se envolva com os temas sem se sentir sobrecarregado pelo jargão científico.
A cena em que uma personagem escolhe dançar como seu último ato de celebração da vida é particularmente tocante, contrastando com a exclusão da empregada, que observa à distância, simbolizando talvez a distância social que persiste mesmo diante do fim iminente.
A cinematografia do longa-metragem captura a beleza melancólica dos momentos finais dos personagens, enquanto a direção de Cavani garante que cada cena seja carregada de significado e emoção. O elenco, liderado por Claudia Gerini e Edoardo Leo, entrega performances convincentes que dão vida à complexidade dos seus personagens, tornando suas jornadas pessoais reais para o público. A Ordem do Tempo é uma meditação poética e provocativa sobre o fim da humanidade e o que valorizamos quando confrontados com nossa mortalidade. Permanece como um testemunho poderoso da habilidade de Cavani em criar uma obra que é tanto uma reflexão sobre o fim quanto uma celebração da vida e das conexões humanas.
A cinematografia do longa-metragem captura a beleza melancólica dos momentos finais dos personagens, enquanto a direção de Cavani garante que cada cena seja carregada de significado e emoção. O elenco, liderado por Claudia Gerini e Edoardo Leo, entrega performances convincentes que dão vida à complexidade dos seus personagens, tornando suas jornadas pessoais reais para o público. A Ordem do Tempo é uma meditação poética e provocativa sobre o fim da humanidade e o que valorizamos quando confrontados com nossa mortalidade. Permanece como um testemunho poderoso da habilidade de Cavani em criar uma obra que é tanto uma reflexão sobre o fim quanto uma celebração da vida e das conexões humanas.
O filme acompanha um grupo de amigos que se encontra todos os anos para celebrar um aniversário. Este ano, em uma vila à beira-mar, algo está diferente: eles descobrem que o mundo vai acabar em apenas algumas horas. Após a notícia bombástica, estranhamente, o tempo que lhes resta parece acelerar e, ao mesmo tempo, permanecer interminável. Direção: Liliana Cavani. Estreia nos cinemas brasileiros, 13 de junho pela Pandora Filmes.
Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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