(Filme de Oscar, mas não para o público geral)
By Luiz Jr.
Uma história de primeiro amor entre Maren (Taylor Russell), uma jovem que aprende a sobreviver à margem da sociedade, e Lee (Timothée Chalamet), um andarilho intenso e marginalizado, quando eles se encontram e se unem para uma odisseia de mil milhas que os leva pelas estradas secundárias. passagens escondidas e alçapões da América de Ronald Reagan. Mas, apesar de seus melhores esforços, todos os caminhos levam de volta a seus passados aterrorizantes e a uma posição final que determinará se seu amor pode sobreviver à sua alteridade. Elenco ainda conta com Mark Rylance, Kendle Coffey, André Holland, Ellie Parker, Madeleine Hall, entre outros. Direção de Luca Guadagnino. Produção Frenesy Film Company e Per Capita Productions, em associação com The Apartment Pictures, Memo Films, 3 Marys Entertainment, Elafilm, Tenderstories, com distribuição da Warner Bros. Pictures. Estreia nos cinemas brasileiros em 01 de dezembro de 2022. Para trailer, clique aqui.
Até os Ossos (Bones and All)
Em todos os anos de premiação do Oscar, sempre há os filmes feitos para a academia e que o público rejeita, não aceita ou não entende, assim como sempre há aqueles amados pelo publico que a premiação deixa de lado. O que temos aqui com Até os Ossos, é uma grande obra, inspirada no livro de Camile DeAngelis, um romance em forma de horror para aqueles que possuem um estomago bem forte. O cineasta Luca Guadagnino (Me Chame Pelo seu Nome) volta a trabalhar com o queridinho de Hollywood, Timothée Chalamet (Duna, Adoráveis Mulheres) mais uma vez para trazer algo que muito provavelmente veremos na premiação do Oscar. Aqui temos uma história que traz o romance na sua forma mais toxica e essencial que há na licença literária, pois vemos o relacionamento das formas paternais, das formas obsessivas e na forma escrita quando lemos uma cena quente em algum livro e ali temos interpretações da escrita que transcendem nossa imaginação, que é o que retrata bem o final do filme.
Seria muito difícil assistir o filme sem ler o livro e procurar por certas causas e explicações dentro dele, afinal o roteiro de David Kajganich (Cemitério Maldito 2019) deixa bem claro desde o início que as coisas acontecem como tem de acontecer devido ao como é a vida da nossa protagonista Maren (Taylor Russel de Escape Room). Afinal a vida de uma canibal não deve ser fácil, e vemos que com certeza não é, não há uma parte boa, não empatia a se ter por ela e pelo que ela faz, a única empatia criada é ao redor do caso que fica claro que é a única base do filme. A participação de Sully (Mark Rylance) são verdadeiras surpresas em determinados pontos do filme e são o que fazem algumas cenas ficarem mais instigantes para a emoção de quem acompanha na tela; a cena que este trio principal está junto e funciona com maestria, onde de fato a melhor cena do longa mesmo que ali já esteja perto de seu desfecho.
Com a chegada do terceiro ato, fica tudo muito embaçado, você não sabe mais ao certo para aonde a trama te leva, se é para redenção dos atos do casal ou se ao um complexo entendimento sobre o que eles fazem dando a razão aos seus atos e fazendo você virar cumplice deles, porém, o final vem com pitadas de poesia das mais sangrentas e poéticas possíveis, e mesmo ali naquele pequeno e simples momento... são tantas coisas a se acompanhar que você se perde diante de tudo aquilo que presencia. Até os Ossos vem como uma poesia romântica e horrorosa para aqueles que se submetem a entender a fundo a arte, o transformando infelizmente em um filme de Oscar não feito para o público.
Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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