(Piorando o que já estava ruim)
Em King’s Man: A Origem, quando um grupo formado pelos piores tiranos e criminosos mais cruéis de todos os tempos planeja uma ameaça capaz de matar milhões de inocentes, um homem, Orlando Oxford (Ralph Fiennes) é obrigado a correr contra o tempo na tentativa de salvar o futuro da humanidade, ainda tendo que se preocupar em deixar seu filho, o jovem Conrad Oxford (Harris Dickinson) fora disso. Essa aventura vai dar origem ao grupo de espiões mais sofisticados de todos os tempos, os Kingsman. Elenco ainda conta com Gemma Arterton, Djimon Hounsou, Rhys Ifans, Matthew Goode, Charles Dance,
Daniel Brühl, entre outros. Direção de Matthew Vaughn. Produção da 20th Century Studios, com distribuição Disney. Estreia nos cinemas brasileiros em 06 de janeiro de 2022. Para o trailer, clique aqui.
Não tem nada de Kingsman na maioria do tempo, o roteiro fica bailando nesse teor histórico, lotando de personagens que não acrescentam muito, fica uma aula de história se você pesquisar... caso não, fica sem entender nada o que são aquelas pessoas e porque daquelas situações envolvendo eles, e mesmo assim é tedioso e bagunçado, chegando a me questionar se estou assistindo ao filme certo. O personagem de Ralph Fiennes fica ali enchendo o saco com seu comportamento educado, só protegendo seu filho com uma falação sem fim, esse interpretado pelo Harris Dickinson, tudo mal costurado, dando pílulas de que possa haver algo por trás, onde perdura pelos dois primeiros atos e para piorar... temos pouca ação, prova disso, como resolve muito mal a parte com o Rasputin. Depois de certos acontecimentos lá para o final do segundo ato... É a hora de Fiennes mostrar a que veio, com uma narrativa confusa, mas admitindo que até consegue lembrar em algumas cenas de ação o Kingsman raiz, só que ao chegar nessa parte... você já abriu mão do filme faz tempo. Fotografia é boa, as cenas de lutas quando tem, não decepciona. Fora isso, nada muito a oferecer, mal dirigido e escrito. Sobre o elenco... Ralph Fiennes sucumbe a uma história nada haver, fora ele, Dickinson tem um personagem que não mostra porque está lá, além disso, o roteiro conseguiu desperdiçar bons atores com papeis pequenos e perdidos, como Charles Dance, Djimon Hounsou e Daniel Brulh, por exemplo. King´s Man: A Origem conseguiu ser pior que o Circulo Dourado, que já foi fraco, decide ir por um caminho totalmente desconexo com a franquia e entrega algo tedioso e desinteressante, do qual, você precisa sair pesquisando nomes para que aquilo faça algum sentido, caso contrário, nada faz sentido, decepção total.
King's Man: A Origem (The King's Man)
Kingsman é uma franquia que chega na sua trilogia, adaptada dos quadrinhos de Dave Gibbons e Mark Millar, a trama gira em torno de uma super organização de espionagem, onde temos os agentes mais bem treinados que trabalham nos bastidores contra as maiores conspirações, eles são super habilidosos e tem as mais criativas armas, qualquer comparação ao mundo 007 não é mera coincidência. Em 2015 tivemos o primeiro longa, foi um sucesso, trouxe um novo fôlego a esse mundo espião, com muito carisma e ação, além de belas atuações, principalmente de Colin Firth (Com sua cena épica de matança na igreja) e Taron Egerton. Aclamado pelo público e crítica, a sequência não demorou a vir... 2017 chegava aos cinemas Kingsman: O Círculo Dourado, com uma impressionante queda de qualidade em roteiro e ação... trazer novamente Colin Firth a trama e nos apresentar uma vilã abaixo da média como foi a de Julianne Moore, além de tentar atropeladamente emplacar outras unidades da Kingsman... foi um tiro no pé, nem chegando perto da maestria do seu antecessor. Dito isso, a ideia de voltar tudo e mostrar a origem da organização parecia uma ideia a se pensar, já que no tempo presente não demonstrava forças para continuar... Então agora em 2022 temos A Origem, claro que pandemia atrasou o lançamento... Provavelmente sairia em 2020. A forma escolhida de apresentar o passado é bem questionável, pois não é bem uma origem, e sim, toda uma tramoia e megalomania de justificar a criação da agência, ficando mais preocupado em mostrar nomes fortes e reais na época da primeira guerra mundial como Czar Nicolau II (O último imperador Russo), Rasputin (Um “mago” que influenciava demais o imperador russo), Francisco Ferdinando (O possível próximo imperador da Áustria/Hungria, morto tragicamente com sua esposa Sofia), outros nomes como Mata Mari, Erik Hanussen, etc. Uma ideia estranha de trabalhar esses personagens... entregando referências e analogias do comportamento e mortes de alguns, dando até uma escrachada em certos nomes. Isso tudo oscilando com os protagonistas e possíveis criadores da Kingsman, sem foco em resolver o que realmente era a proposta do filme, se é que tem alguma mesmo...
Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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