quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Matéria Especial | Bella Ciao, O Fim Melancólico de La Casa de Papel

(O roubo mais arrastado da história)


La Casa de Papel encerrou sua jornada no último dia 03 na Netflix, sem grandes alardes, a série termina de forma quase despercebida perto do fenômeno que foi no começo em 2017, assim como muitas outras que iniciam bombadas e vão se arrastando em suas últimas temporadas, onde apenas os mais fãs chegam até o fim, no famoso “Já fiquei tanto tempo acompanhando, vou até o final, aconteça o que acontecer”. A quinta e última temporada foi dividida em duas partes... Na primeira foi o grande impacto ou não... da morte de um dos personagens principais, Tóquio (Ursula Corberó) terminou sua jornada de forma inesperada e sem comover como deveria... O mesmo aconteceu na quarta temporada com Nairobi (Alba Flores), pois a mesma morreu no meio para o fim daquela fase, mas quando o gancho do encerramento da terceira foi a possibilidade da sua morte, isso sim, causou um alvoroço entre os fãs, só que então vem a temporada seguinte, você recupera a personagem, para matar capítulos depois, ficou sem sentido. Com o impacto dessa perda (Tóquio)...  ficou a cabo dos cinco episódios dessa parte dois, encerrar de forma pelo menos decente a série. 

La Casa de Papel


As dores da morte da sua protagonista foram sentidas pelo grupo comandado pelo Professor (Alvaro Morte) de forma moderada, exceção ao Rio (Miguel Herrán) que ficou mais impactado, claro, mas o show tem que continuar, pois o ouro precisava ser retirado e eles precisariam sair vivos dessa confusão toda. Durante os cinco episódios, tivemos o excesso de novelas de novo, resoluções absurdas para os problemas que iam acontecendo, a mudança de lado da Sierra (Najwa Nimri) ficou praticamente igual da Lisboa (Itziar Ituño) nas primeiras temporadas, encantadas pela empatia do Professor. Além do vai e vem do grupo da policia liderados pelo Cel. Tamayo (Fernando Cayo) que vai sendo enrolado pelos planos do Professor, sendo tudo fechado como o protagonista quis, mesmo com percalços no meio do caminho. Dentro da casa do tesouro, ninguém consegue se sobressair, pois a história precisava acabar de uma vez, então sem subtramas extensas. Outro ponto que precisa ser bem ponderado seria o flashback do Berlim (Pedro Alonso) e com seu filho e esposa, tudo isso para justificar um pequeno plot relacionado ao ouro roubado, só que feito e encerrado de forma bem branda... até que tivemos a explicação do porque enrolar tantas temporadas com o passado dele... Foi confirmado um spin off do personagem para 2023. Dito isso tudo, fica a questão, a forma de acabar com esse roubo arrastado e enrolado, foi satisfatória? Pior que foi sim, não tivemos grandes sustos ou perdas, tudo meio que dentro da personalidade de cada personagem, e a conclusão foi boa, assim como foi do roubo da casa da moeda. Para finalizar, tivemos um encerramento com os créditos estilo do que foi em Vingadores Ultimato, premiando quem chegou até o fim com os ladrões mais queridos dos últimos tempos.


La Casa de Papel foi algo que ninguém esperava, fenômeno assim, ocorreu novamente com a Netflix só agora com Round 6. O jeito pastelão de resolver seus problemas, o carisma excecional dos personagens e a forma conduzida para o final do primeiro assalto caíram no gosto do público e criou uma legião de fãs dos ladrões vestidos de vermelho com a mascara de Salvador Dalí. Claro que a Netflix, que não foi responsável pela produção espanhola nessa primeira fase, cresceu os olhos e viu a chance de ganhar mais dinheiro, abrindo novamente a história com uma justificativa meio forçada, que tenta se explicar nessa parte final, mas deixando pior ainda. Se o sucesso fosse garantido e estivesse nas mãos da Netflix desde o começo, provavelmente não teríamos a morte do Berlim, pois ele é um dos personagens mais adorados da série. A falta dele complicou o roteiro, pois precisava de alguém com suas características nesse novo roubo, mas não tinha como usa-lo no presente, então tome trama no passado, cabendo ao Palermo (Rodrigo de La Serna) ser esse novo “anti-herói”, claro que ele não entregou... Para piorar, trouxeram outro que já tinha encerrado sua história, mas esse é muito odiado pelo público, o Arturo (Enrique Arce), só para infernizar o Denver (Jaime Lorente) e a Estocolmo (Esther Acebo), durou pouco e nem foi lembrado nessa reta final. No resumo dessas cinco temporadas, fica uma média passando raspando, pois ficou tudo muito fechado nas duas primeiras temporadas, abrir novamente e se arrastar por mais três anos fizeram o público ir enjoando, tanto que o hyper para cada inicio de season foi caindo e esse último, até por não ter grandes acontecimentos ou perdas que não seja finalizar o roubo, não tivemos muito auê dessa vez, nem parecia o fim de uma série que virou febre. La Casa de Papel é um grande novelão que você aceita até certo ponto, depois só fica pelo carisma dos personagens, o Bella Ciao fica gravado na história das grandes franquias, mas encerra no marasmo, aliás não encerra... está vindo um spin off aí. Espero que não inventem um terceiro assalto sei lá aonde mais para frente... Deixem o Professor e cia descansar de uma vez e aproveitar os frutos desses roubos...

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB
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