(Tema complicado em um filme problemático)
Depois de um discurso conservador e racista sobre a legalização do aborto em uma convenção da Ku Klux Klan, um médico (Nick Loeb) que ganhou notoriedade justamente por realizar abertamente o procedimento e uma líder feminista se unem à causa e decidem processar o governo dos EUA. Só que para o processo dar resultado, eles precisam de uma gestante que aceite ser a vítima do sistema. Um grupo de ativistas percorre os EUA e encontra a pessoa perfeita para a ação: uma jovem pobre que mal terminou o ensino fundamental, cheia de problemas. Eles dão à moça o nome Jane Roe e processam Henry Wade, o promotor público de um condado de Dallas. Nasce neste momento uma das maiores batalhas, tanto jurídicas quanto de opinião pública, de todos os tempos! Elenco ainda conta com Jon Voight, Stacey Dash, Jamie Kennedy, Joey Lawrence, Corbin Bernsen, Greer Grammer, John Schneider, Robert Davi, Steve Guttenberg, entre outros. Direção de
Cathy Allyn e Nick Loeb. Distribuição nacional da A2 Filmes. Estreia nos cinemas brasileiros em 30 de setembro de 2021. Para o trailer, clique aqui.
O viés do chamado pró-vida é muito mais abrangente em narrativa, do que contra. Partindo do principal ponto da história que é o doutor interpretado por Nick Loeb, tudo tão sonolento, que você acaba minimizando o seu lado da história. Sempre que são cenas contra aborto... a trilha sonora fica intensa, cores mudam e argumentos parece bem melhores apresentados, parecendo ter pouco discussão e mais acusação. A ideia era apresentar os dois lados, mas conforme as coisas vão caminhando, um lado apenas é mais evoluído. Como filme em si, tem personagens demais, então fica tudo muito picotado, um corte de cenas constantes, você acaba se perdendo na linha do tempo. Até ao concluir a história... não fica muito claro os acontecimentos finais. A ambientação é fraca, câmeras ruins, tem muito estouro de luz, tudo muito amarelado... parece aqueles filmes da TV Bandeirantes que passam fim de semana a tarde. O elenco tem muitas figurinhas conhecidas como Jon Voight, Joy Lawrence, Steve Guttenberg e John Schneider, mas na atuação do seu protagonista Nick Loeb, onde tem o maior problema, não segura o personagem. O Direito de Viver pode até retratar um caso real e ter certo conteúdo histórico, mas não se equilibra bem em mostrar os dois lados, e ainda tem falhas técnicas bem grosseiras, faltou capricho.
O Direito de Viver (Roe v. Wade)
A história é adaptada de um caso real, onde o aborto foi liberado em Nova York no começo dos anos setenta, depois foi tentando expandir-se aos outros estados americanos. Aborto é um assunto muito complicado para ser explicado em uma crítica de cinema. Muitas coisas envolvem o caso, seja politico, militante, social, religioso, cientifico ou ideológico. Todos esses assuntos se convergem de forma dura... Aborto ser liberado para qualquer mulher que tiver interesse, ou situações de problema no feto ou casos de violência sexual, cada país ou estado tem seu modo de pensar sobre isso, mas também a quem critique sobre a alegação de que o feto é um ser vivo, e isso seria um assassinato... E também no desespero de uma possível negação ou falta de condições de criar uma criança, mulheres morrem em clínicas clandestinas. Como podem ver... discussões complexas e com vários pontos de vista. Agora, partindo do que o filme apresenta... Tem um lado muito religioso, pois durante a trama, a ideia era apresentar prós e contras de ambas as situações, mas ao longo da história, não é bem isso que acontece.
Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB
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