(Nova produção da Marvel Studios estreia nessa quinta-feira)
Curiosidades
• Anna Boden, que dirige “Capitã Marvel” e seu parceiro de longa data, Ryan Fleck, é a primeira diretora feminina do Universo Cinematográfico Marvel.
• “Capitã Marvel” é o primeiro filme do Universo Cinematográfico Marvel ambientado nos anos 90 e antecede todos os outros filmes da Marvel Studios, exceto o primeiro “Capitão América”.
• “Capitã Marvel” é baseado na série de histórias em quadrinhos da Marvel de mesmo nome, publicada pela primeira vez em 1967. Os cineastas foram atraídos por uma série de histórias em quadrinhos criadas por Kelly Sue DeConnick, cuja interpretação sobre o personagem seria a inspiração geral para o filme.
• Para a produção de “Capitã Marvel” em Los Angeles, vários locais foram utilizados, como a Eastwood Power Station e Shaver Lake em Fresno, bem como os desertos no Vale de Lucerna e Edwards Air Force Base.
• O mundo que o designer de produção Andy Nicholson trouxe à vida nos arredores de Los Angeles foi “Torfa”. Nicholson e sua equipe foram a mina e pedreira de areia existente em Simi Valley e, com a ajuda de milhares de quilos de areia, transformaram-na em um cenário visualmente dinâmico.
• Para uma das cenas de Los Angeles, os cineastas pegaram um antigo espaço comercial em North Hollywood e construíram uma nova fachada, incluindo um Radio Shack, uma Blockbuster e uma lavanderia a seco. A localização parecia tão autêntica que as pessoas realmente queriam entrar no local, sem perceber que era realmente um set de filmagem!
• Brie Larson, que interpreta Carol Danvers/Capitã Marvel e Lashana Lynch, que interpreta a colega piloto de testes Maria Rambeau, visitaram a Base Aérea de Nellis em Las Vegas para um treinamento e experiências únicas em um jato de combate F-16.
• Brie Larson também conseguiu reunir-se e passar um tempo com a brigadeiro-general Jeannie Marie Leavitt, que se tornou a primeira piloto de caça feminina da Força Aérea dos Estados Unidos em 1993 e foi a primeira mulher a comandar uma ala de combate de combate da USAF.
• A equipe do figurinista Sanja Hays fez oito uniformes de Capitã Marvel para Brie Larson. Para os trajes de super-heroína, o tecido principal é couro com um acabamento azul perolado especial que tem um brilho quando a luz o atinge.
• Os cineastas fizeram testes com vários gatos diferentes para fazer o papel de um personagem felino chamado Goose e acabaram com um gato chamado Reggie. Reggie veio com uma equipe de três outros gatos - Archie, Gonzo e Rizzo - que se especializaram em diferentes truques.
• Para a surpresa de todos, Samuel L. Jackson foi ótimo com os gatos. Ninguém sabia que ele era um amante de gatos!
• Brie Larson levou muito a sério o treinamento para o papel de Capitã Marvel. Durante cinco dias por semana, ela fez de duas a quatro horas de treinamento, combinando boxe, kick-boxing, judô, luta livre e Jiu-Jitsu. A atriz também trabalhou para levantar mais de 100 quilos em halteres, 200 quilos em barras de pesos e até mesmo puxando um jipe na estrada - uma tremenda conquista para uma atriz que nunca tinha feito muito treinos de força!
• Para criar o jovem Nick Fury e o agente Coulson, os cineastas convidaram o supervisor de efeitos visuais Chris Townsend e os artistas do estúdio Lola para transformar os atores de volta às versões dos anos 90 de seus personagens. Foi providencial que tanto Samuel L. Jackson quanto Clark Gregg estejam ótimos para suas respectivas idades reais!
Marco zero nos anos 90
A última década do século passado é o ponto de partida de Capitã Marvel, que mostra como chegamos aos acontecimentos que resultaram nos filmes mais recentes dos Vingadores: Guerra Infinita e Ultimato. Apesar de ter acontecido há tão pouco tempo, os anos 1990 parecem ter se passado há eras atrás, devido às enormes mudanças que aconteceram com a tecnologia.
Cinema
O cinema comercial começa esta década trazendo o cinema de arte para o grande público, quando nomes como Woody Allen, Martin Scorsese e Pedro Almodóvar começam a fazer sucesso em grande escala, abrindo espaço para novatos como Quentin Tarantino, Robert Rodriguez e os irmãos Coen. Os super-heróis da Marvel começam a ganhar espaço na telona, com personagens como Blade, Demolidor e Elektra. O então pequeno estúdio de animação Pixar começa a fazer longas em computação gráfica, revolucionando os desenhos animados - com uma pequena ajuda de Steve Jobs, que havia sido demitido da Apple e começou a ajudar a nova iniciativa. A década termina com George Lucas anunciando algo que os fãs de Star Wars sempre sonharam: uma nova trilogia do universo Jedi. O grande sucesso do fim da década é a adaptação que o diretor dos filmes Exterminador do Futuro - James Cameron -, faz para o naufrágio do navio Titanic. No Brasil, o cinema nacional começa a se reerguer, principalmente a partir de Carlota Joaquina, dirigido por Carla Camurati. A década termina com um filme brasileiro, Central do Brasil, de Walter Salles, disputando o Oscar de melhor filme estrangeiro - e fazendo a eterna Fernanda Montenegro concorrer ao prêmio de melhor atriz.
Música
A década começa com o Nirvana destronando artistas estabelecidos como Guns N' Roses, Michael Jackson e Madonna, mudando as regras do jogo com um som sujo, pesado e barulhento (ainda que melódico e de fácil assimilação) e trazendo a atitude anticomercial do punk para os holofotes do mainstream - criando assim um subgênero do rock chamado a princípio de rock alternativo. A música eletrônica de grupos como Massive Attack, Portishead, Prodigy e Chemical Brothers começa a ganhar o mundo, fazendo guitarras e violões ficarem em segundo plano. O rap também cresce como força comercial, principalmente a partir do gangsta rap, que cria um cenário em que as costas leste e oeste dos EUA começam a atritar entre si. No Brasil, as rádios são dominadas pelo trio axé music, sertanejo e pagode, que ajudam a alavancar as vendas de um novo jeito de se ouvir música - o compact disc. Embora o CD tenha sido lançado na década de 80, foi a partir dos anos 90 que ele encontrou o grande público e se tornou a principal mídia sonora do mercado, o que fez o Brasil, diferentemente de outros países, encerrar a fabricação de discos de vinil. A descentralização da produção musical também foi outra característica da década por aqui, quando grupos do Recife (Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A), Belo Horizonte (Pato Fu e Skank), Brasília (Raimundos, Little Quail e Maskavo Roots) e Porto Alegre (Graforreia Xilarmônica e Wander Wildner) começaram a ganhar um espaço que antes pertencia apenas a bandas do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Televisão
A principal mudança que aconteceu na televisão durante esta década foi a revitalização dos seriados. Até os anos 80, os seriados eram redundantes e não contavam uma história contínua, apenas circulavam ao redor de um roteiro básico repetido de diversas formas com os mesmos personagens de sempre. A partir da ida do cineasta David Lynch para a televisão isso começou a mudar. Lynch começou a década com o sucesso Twin Peaks, que durou apenas duas temporadas, mas mudou completamente a forma de se fazer TV. A partir de Twin Peaks, seriados como Arquivo X e Buffy - A Caça-Vampiros foram ainda mais além e transformaram a estrutura da TV usando um novo parâmetro que seria abraçado pela emissora HBO a partir da década seguinte, com seriados como Sopranos e The Wire. Estes, por sua vez, instigaram a criação de clássicos modernos como Lost, Breaking Bad e Mad Men - todos de uma certa forma herdeiros das transgressões de Twin Peaks no início da década anterior.
Tecnologia e internet
A internet foi inventada nos anos 60, mas só nos anos 90 deixou de ser exclusiva para um pequeno grupo de nerds e viciados em tecnologia. Foi com a criação primeiro da linguagem world wide web e depois com a popularização dos programas de navegação que as pessoas começaram a visitar a rede, num tempo em que não havia YouTube, Google nem Facebook e o mais próximo que se tinha de uma rede social era o email. Fora da web havia poucas formas de comunicação populares, como o mensageiro instantâneo ICQ e chats de portais de notícia. Celulares e câmeras digitais eram enormes e caros, só quem era muito rico tinha acesso - principalmente no Brasil. O computador pessoal, que já era uma realidade para norte-americanos e europeus, começa a se popularizar na Ásia e na América Latina - e o Brasil veio nesta corrente. Foi nesta década em que o MP3 foi lançado, quase que simultaneamente com o player de música digital mais popular naquele período, o WinAmp. A década terminou com a popularização de um programa de troca de arquivos online chamado Napster, que começaria uma nova era da música gravada ao permitir que qualquer pessoa visitasse - e baixasse - a discoteca de qualquer outra pessoa.
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